A morte do poeta

Já fazia horas da noite escura

Em um copo, café ainda quente

Soltara seu aroma envolvente.

Enquanto o papel, só rasura.

Olha daqui, pensa dali, hora passava.

A noite negra parece consumir.

A beleza que encontrara, fez sumir.

E o papel ainda nada rabiscava.

Já quase na manhã do brilhante céu,

o café já foi e um novo feito.

nada o deixava satisfeito

Enquanto nada saia do papel.

Acabou o breu da noite, sem calor.

O astro rei deu o ar da graça.

O poeta insatisfeito, em desgraça

Deixou o papel e a caneta por amor.

André Daniel
Enviado por André Daniel em 07/06/2014
Código do texto: T4836195
Classificação de conteúdo: seguro