Vitrines
Caminhando pelas calçadas
Vejo vitrines que expõem
Desde o mais barato,
Ao mais caro e raro objetos!
Roupas perfeitas
Para vestirem um corpo
Há tanto tempo
Desnudo nas noites
De luxúria e de prazer!
Tanta alegria...
Desperdiçada em momentos
Êfemeros...
As vitrines demonstram
Uma outra vida
Do lado de dentro...
Interior que nunca foi meu!
A lua não foi contemplada...
Apenas um corpo usado
E descartado, jogado fora...
Após nasce a solidão
Num gesto de desespero
Sem nenhuma paixão!
Dinheiro à mão...
Suficiente para comprar
O que dentro das vitrines existem,
Menos o amor
Desejado, não pelo corpo,
Mas por uma mulher carente
De afeto e de atenção!
A vida segue e tudo se transforma...