Peço...

Pra ser sincero, eu não tenho ideia de quantas vezes eu implorei para te esquecer. Você apareceu do nada, mudou todos os meus rumos, levou todos os meus medos e me fez aprender a sonhar. Mas, do mesmo jeito que veio, sumiu. Você foi embora sem ao menos avisar, sem nem bem se despedir. Você me despiu de toda a indiferença. Hoje, me visto com receios. E isso é tudo culpa sua. Eu vivo num mar de marolas imensas e tsunamis que cabem no meu peito vazio. Trago na alma o desespero de quem não soube seguir em frente nem se quer um dia. E já faz tanto tempo, não é, meu bem? E afinal, o que eu te fiz para me querer tão mal? Eu dancei, cantei, chorei, sorri, mas tudo com você. Você me deu um cigarro e eu nem sabia fumar; hoje eu tenho tantos maços, e você já nem fuma mais. Você tinha meu número mas ficou de ligar. Você levou meu coração e esqueceu de me amar. E pra ser mais honesto, no final de tudo isso, não guardo rancor. Nem de você, nem de mim, de ninguém. A verdade é que sonhei, chorei, vivi... Cada qual no seu devido momento, e a isso, devo eterna gratidão. Só te peço que agora, que tudo tem se ajeitado pra mim, você simplesmente não apareça do nada, não desgrace minha vida como fez da primeira vez. Eu peço, agora que tudo caminha conforme minha passada, que você não tente retornar a minha vida.

um poeta da noite
Enviado por um poeta da noite em 28/06/2014
Reeditado em 28/06/2014
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