ALMA DE CRIANÇA

Toda aquela folhagem seca,
Dourado tapete pelo chão,
Que enfeitava a paisagem,
Daquela tão bela estação...

Fêz-lhe recordar sua infância
Alegre e cheia de esperança;
Enchendo de folhas as mãos,
Ela se viu outra vez criança.

E à medida que as espalhava
Pelo ar com toda leveza,
Se lembrava das fantasias
Quando era anjo de pureza.

Voltando o tempo viu imagens
Da época de grande beleza,
Que era doce e frágil criatura 
E se encantava com sutilezas.

Já não havia mais a inocência,
O passado o tempo guardava,
Mas tinha consigo algo de belo
A alma de criança conservava.

Denise Alves de Paula
28.08.13