POTINHOS
Potinhos de felicidade,
Tempo perdido, hora errada,
A família puxa-me para a mesmice desgraçada,
O nada me chama pra fuga da cidade.
Então, corro.
Corro cada vez mais rápido, mas sempre alguém atira,
-Adoram caçar veado.
Depois, vão pra autopsia, quem atirou mais fundo no coração, leva 7 mil pra casa.
Vejo sombras dançantes,
Levanto zonzo, porém continuo:
Beijo os caçadores,
Desamasso o tempo,
Viro a mesa,
Seduzo os mais brutos, transbordo segundas intenções.
É minha redenção, meu momento,
O corpo fica pra trás.