POTINHOS

Potinhos de felicidade,

Tempo perdido, hora errada,

A família puxa-me para a mesmice desgraçada,

O nada me chama pra fuga da cidade.

Então, corro.

Corro cada vez mais rápido, mas sempre alguém atira,

-Adoram caçar veado.

Depois, vão pra autopsia, quem atirou mais fundo no coração, leva 7 mil pra casa.

Vejo sombras dançantes,

Levanto zonzo, porém continuo:

Beijo os caçadores,

Desamasso o tempo,

Viro a mesa,

Seduzo os mais brutos, transbordo segundas intenções.

É minha redenção, meu momento,

O corpo fica pra trás.

Lucas Guilherme Pintto
Enviado por Lucas Guilherme Pintto em 04/07/2014
Código do texto: T4869123
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