Radiofônicos

Sons largos e radiofônicos,

transmitem mensagens do homem daltônico

Sinto-lhe nos espaços, reparo nas divisões e no seu bom hálito de menta

Não vou mudar todas minhas cores,

É uma pena que não possa ver meus belos tons de magenta.

O sucesso depende de nós.

Não há só um jeito de ajeitar o cubo mágico, existe outras combinações,

"A vida é mágica" -Essas são tuas palavras,

Embora eu não veja magia, nem esteja em chames, minha água causa inundações.

-Algo sempre se movimenta-.

Estamos conectados através de fios de prata ou carregadores portáteis?

Uma queda de energia e viraríamos pó?

-NÃO!

Somos virtuais e selvagens,

Espiritualizados e repletos de camuflagens.

A gente se vira, se não tiver luz, a gente se ajeita com vela,

Se faltar microondas, esquentamos na panela,

Se acabar o açúcar, adoçamos com canela.

Aos outros, só digo uma coisa:

Nos supere.

Nunca apreciaram a maneira que nós cantávamos, nossas pinturas eram nojentas

Nossas filosofias eram baratas e meu amor era só mais um boêmio,

Pessoas como vocês não sobrevivem em nosso meio,

Se retirem, por gentiliza,

O almoço tá servido, e dessa vez não vou colocar mais um lugar à mesa.

Nossa moda sempre foi intitulada como banal,

meu amor era marginal.

A felicidade nos custou caro, meu caro.

Hoje somos radiofonizados, telecomunicados e vistos como indelicados,

mas tudo bem,

isso não vai nos tirar nenhum vintém.

Lucas Guilherme Pintto
Enviado por Lucas Guilherme Pintto em 06/07/2014
Código do texto: T4871279
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