As lembranças do cais

Tem no peito uma flor desabrochada

E nem sabes que inda vives de enganos

Talvez agora já possa perceber os longos anos...

Que a historia contou sem se crer nada!

Rendido um nome em teus lábios

Num silencio que acomoda tantos planos

Só o amor permanece alimentado!

Em seu peito afogado de oceanos.

Como é lembrar-se assim dos 20 anos

De sorrisos que tinhas quando o amava

Quando tudo sofria e sonhavas

Por amor por amor só suspirando.

Morrem vozes que vão se apagando

Entre marcas da vida em ferro e brasa

Em molduras de fotos pela casa

De momentos que tanto recordamos.

Deixa em paz eu te peço os longos anos

Que o amor consumiu tal vento em brasa

Eis as cinzas dos retratos pela casa

Eis as cinzas madeixas emechando

Foram os erros de amar sem ser amada

De desejos e sonhos tantos planos

Entre olhares trocados demorados

Fita agora o retrato do oceano.