Sua poesia nua

Quando cubro a nudez de sua poesia

Sinto-lhe os versos eriçados

E o calor dela pulsando febril

No corpo d'uma escrita que se avoluma

Sinto que entre uma estrofe e outra

No extremo desse seu poema

Sua poesia treme, geme e não é ardil,

Em uma ligeira taquicardia...

Não é doença, mas pungente ela clama

O leito e a pureza, o repouso de minhas linhas

Seu verso desvairado então em desalinho

Em oníricos delírios sonha-me a lua.

Compõem extenuados sentimentos

E eu sinto, que minha pele morena

Cobre muito bem sua poesia nua

Aplaca-lhe a febre de paixão pela lua

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 13/07/2014
Reeditado em 13/07/2014
Código do texto: T4880463
Classificação de conteúdo: seguro