TEMPO DE ESPERA

TEMPO DE ESPERA

As palavras estão de greve

e meu coração irritado feito alguém

que espera pelo fim de dois metros de fila.

Ele só não.

O resto de mim quer de volta a floração do verso,

mas não sabe onde esconder a efervescência

que lhe incendeia as artérias,

essa insubmissa vertente

que não quer desaguar no arroio certo.

Basilina Pereira

Basilina Divina Pereira
Enviado por Basilina Divina Pereira em 21/07/2014
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