Insuportável presença
Tarde demais para a mesma coisa
Ela perdeu sua identidade de coisa para agora tornar-se coisa qualquer.
Essa coisa tinha nome? Não sei, mas sei que tinha formas disformes...
Tinha cheiro? Sim, o meu próprio das emoções
A noite ela mudava e ia renascendo para o amanhecer.
Sei de mim que gostaria de ver alí outro lado para não ficar sofrendo...
Ela não era flor nem talvez algo tangível, assim, a tanto emanar de si sua existência quis destruí-la...
E temo não ser o bastante, é que esta coisa amarga vive mais em mim mesmo.
Ah, como a quis...completamente despida em mim...
Amor ou puro ódio, oh qual era o tempo de cada?
Dela eu quis tudo e nada, devido a insuportável presença.