Insuportável presença

Tarde demais para a mesma coisa

Ela perdeu sua identidade de coisa para agora tornar-se coisa qualquer.

Essa coisa tinha nome? Não sei, mas sei que tinha formas disformes...

Tinha cheiro? Sim, o meu próprio das emoções

A noite ela mudava e ia renascendo para o amanhecer.

Sei de mim que gostaria de ver alí outro lado para não ficar sofrendo...

Ela não era flor nem talvez algo tangível, assim, a tanto emanar de si sua existência quis destruí-la...

E temo não ser o bastante, é que esta coisa amarga vive mais em mim mesmo.

Ah, como a quis...completamente despida em mim...

Amor ou puro ódio, oh qual era o tempo de cada?

Dela eu quis tudo e nada, devido a insuportável presença.

Geovani Silva
Enviado por Geovani Silva em 23/07/2014
Reeditado em 23/07/2014
Código do texto: T4893966
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