Transubstanciação da Inspiração

A borboleta voa sem compromisso

e a abelha voa a polinizar,

a cigarra canta sem ter juízo

enquanto a formiga vai trabalhar.

O poeta voa em seus auspícios

e a musa chega para lhe inspirar,

o poema canta ao que é bonito

enquanto a caneta vai trabalhar.

Poesia, poeta, abelha e cigarra,

lua, sol, loucura e formiga,

musa, borboleta, caneta e alegria,

minha insanidade é alienígena.

Poeta e poema em transmutação,

borboleta monarca em transubstanciação,

sou de metamorfoses nessa iniciação

meu casulo se desenvolve no coração.

Agora calo, observo o pássaro e a luz

que é candeia e dissipa minha treva

então pelas asas a alma se eleva

e vagueia entre nuvens de um sonho comum.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 31/07/2014
Código do texto: T4903936
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