um poeminha para a pequena isabella

velas

cachimbos

e oferendas

de paz

trata-se

de amor

você conhece

algo

sobre isso?

devo dizer

que fui apenas

um aspirante

a amante

um pequeno

infante

você

era madura demais

e eu vivia

acorrentado

e o labirinto

que você criou

nem mesmo você

é capaz de sair

abro uma garrafa

de vinho em

sua homenagem

daquela marca

que você tanto gostava

as pessoas

ao meu redor

pensam que sou louco

sempre pensaram

entendo-as

não é muito comum

sentar-se sozinho

numa mesa a dois

com dois talheres

dois pratos

duas taças

e um bom vinho tinto

derramado

sob os dois copos

é, isabella

acho

que só você

me entendia

quando todos

e nem mesmo eu

era capaz

cristiano rufino
Enviado por cristiano rufino em 01/08/2014
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