Eu não sei fazer um bom poema
Confesso o meu constante dilema
Queria bolar um importante tema
Para mostrar à fascinante Jurema
 
As frases bem toscas, pouco bonitas
Causa tontura essas por mim escritas
Nada agradam quando elas são ditas
Falta doçura, ofereço rimas esquisitas
 
Junto a madrasta ou fada encantada
Com a gasta demais almofada rasgada
Ouso rimar o picolé curioso de abacate
Pretendendo combinar o valioso alicate
 
Não vejo meio como sair algo divertido
Termina feio, o sabiá canta entristecido
 
Otimista pensei criar coisas preciosas
Inventando idéias incríveis, coloridas
Mas bolei linhas sem nexo, horrorosas
Apenas páginas sofríveis, jamais lidas
 
Dessa vez a Jurema vai chorar abatida
Talvez até gema, prefira ficar esquecida
Acabar o afeto, me descartar será capaz
“Suma, saia de perto! Vou tentar a paz”
 
Um dia a flor achará um poeta excelente
Cara dedicado, a pessoa certa, experiente
Lindo ele sonhará o Universo iluminado
Sorrindo ela amará o verso tão inspirado
 
 
Ilmar
Enviado por Ilmar em 02/08/2014
Reeditado em 04/08/2014
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