O poeta
As vezes quero morto o poeta dentro de mim
Inquietante, alarmante, cheio de ilusões
Basta um nó, que para dentro de mim se embaralhe num enrolado só
Sem pé nem cabeça, não acho os fios, e logo logo estrago vem a ser feito
Que dirá ao mundo um poeta de ilusões, que poucos entendem e poucos entenderão
Ser poeta é sentir dos mais simples vento na cara do mais alarmante sentimento na alma
Uso meus versos como remédio da alma, um dos mais segredos dos grandes poetas
É tentar bota pra fora, o que não sai de lá de dentro.
Mas nessa caminhada, os nobres continuam, criando pontes para os necrológicos do amor
Com minhas armas e paixões continuo essa tarefa de devido temor.