O dedo do poeta
Neste momento
Do dedo do poeta
Um toque verbal.
No amanhecer existem apenas palavras soltas
Que pouco a pouco se estabilizam
Materializando frases incoerentes.
De repente, num raio de luz
Um ente organiza a mente confusa
E nesse exato momento, nasce a poema.
Nasce especulativamente
Da integração do dedo do poeta a inspiração
Mas sua origem precisa situa-se no vácuo.
Mas o certo é que agora ele existe
Densa como o mercúrio
E com o peso da alma
Forte como o verão
E com a energia de uma ave
Quente como o sol
E com o calor de uma linha
Extensa como o universo
E do tamanho de um coração.
O certo é que ela existe
E nasceu num ponto de tempo.