um desejo possível
eu me vejo jantando
num fino restaurante italiano
vislumbrando o coliseu
e porque não
o vaticano?
e assim como romeu
despeço-me deste mundo
entregue aos braços de morfeu
e a todos os mendigos
que morrem de frio
ofereço-lhes agora
as armaduras sagradas
dos escandinavos medievais
são desventuras
sem pé nem cabeça
masturbações mútuas
utopia e distopias
é um pé de cereja
são
os mesmos
e velhos problemas de sempre
são discípulos de odin
devorando romãs, estrelas anãs
pois
o hoje é o plágio do ontem
inspirado no amanhã
naquela correria
sob
o tapete de aladin
conheceremos
os lençóis maranhenses
rio e mares
coloridos com minerais
e uma pulseira
com fragmento de malaquita