um desejo possível

eu me vejo jantando

num fino restaurante italiano

vislumbrando o coliseu

e porque não

o vaticano?

e assim como romeu

despeço-me deste mundo

entregue aos braços de morfeu

e a todos os mendigos

que morrem de frio

ofereço-lhes agora

as armaduras sagradas

dos escandinavos medievais

são desventuras

sem pé nem cabeça

masturbações mútuas

utopia e distopias

é um pé de cereja

são

os mesmos

e velhos problemas de sempre

são discípulos de odin

devorando romãs, estrelas anãs

pois

o hoje é o plágio do ontem

inspirado no amanhã

naquela correria

sob

o tapete de aladin

conheceremos

os lençóis maranhenses

rio e mares

coloridos com minerais

e uma pulseira

com fragmento de malaquita

cristiano rufino
Enviado por cristiano rufino em 15/08/2014
Reeditado em 15/08/2014
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