os escafandristas

até mesmo os mouros anarquistas

enfeitados com folhas de louro

converteram-se

em gloriosa harmonia

regadas

a monumentais manguaças e arruaças

dos escafandristas

e antigos sambistas

eu quero entornar

rios e mares de cerveja

curtindo uns sambas do candeia

com a malandragem lá de higienópolis

eu quero mesmo é vagabundear por aí

admirar um belo caingá

bem no meio

da estrada pra petrópolis

escrever poesia

com a barriga cheia

namorar uma sereia

deixar as aranhas

arquitetarem e manufaturarem

suas melhores teias

nas cadeiras do estádio

couto pereira

ir a pé ao alfarrábio

com as cinzas do cigarro

tingindo as calçadas

da rua mariz e barros

cristiano rufino
Enviado por cristiano rufino em 18/08/2014
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