e que deus nos acuda

feito essa gente demente propagando uma certa ética maquiavélica

capinando compulsórias calamidades

beirando ao claustrofobismo de mentes bucólicas, diabólicas

ortodoxas?

é uma falsa sagacidade de uma falsa sociedade

como pombos, como botânicos ou magos satânicos

é uma retrógrada irmandade espalhada pela cidade

suas pálpebras cerradas com paprica

intimidam seus desconhecidos olhos heterocromos

virgens, inexplorados, quase sempre usurpados

por teus sonhos mesquinhos e opacos

inevitavelmente naufragados na profundezas de mares inexplorados

observo teu imortal reflexo num estranho espelho convexo

ele continua lindo e me arde mais que granada da córsega

encapsulada num tapete persa rumo a ática

[agridoce e matemática]

o pleonasmo acontece quando uma escarradeira

cai da ribanceira

ou quando mamíferos e caprinos copulam simultaneamente com ovíparos

não é mesmo, greg kooche e saulo matos? projetos de macho

a massa é disforme, diminuta

a massa é desinibida e despida de cultura

ela espia e expia tuas fraquezas com pedras de atiradeira

navalhas enferrujadas e sagradas espadas estropiadas, afiadas

embebecidas em chá de arnica e galhos de arruda

eles gritam: é agora ou nunca!

e que deus nos acuda

cristiano rufino
Enviado por cristiano rufino em 22/08/2014
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