e que deus nos acuda
feito essa gente demente propagando uma certa ética maquiavélica
capinando compulsórias calamidades
beirando ao claustrofobismo de mentes bucólicas, diabólicas
ortodoxas?
é uma falsa sagacidade de uma falsa sociedade
como pombos, como botânicos ou magos satânicos
é uma retrógrada irmandade espalhada pela cidade
suas pálpebras cerradas com paprica
intimidam seus desconhecidos olhos heterocromos
virgens, inexplorados, quase sempre usurpados
por teus sonhos mesquinhos e opacos
inevitavelmente naufragados na profundezas de mares inexplorados
observo teu imortal reflexo num estranho espelho convexo
ele continua lindo e me arde mais que granada da córsega
encapsulada num tapete persa rumo a ática
[agridoce e matemática]
o pleonasmo acontece quando uma escarradeira
cai da ribanceira
ou quando mamíferos e caprinos copulam simultaneamente com ovíparos
não é mesmo, greg kooche e saulo matos? projetos de macho
a massa é disforme, diminuta
a massa é desinibida e despida de cultura
ela espia e expia tuas fraquezas com pedras de atiradeira
navalhas enferrujadas e sagradas espadas estropiadas, afiadas
embebecidas em chá de arnica e galhos de arruda
eles gritam: é agora ou nunca!
e que deus nos acuda