o acre
é um dissonante acorde esquecido, repulsivo
é o único unicórnio iludido
é uma cama de gato mutante na casa da árvore distante do acre
é adultério em monastério
é instância de múltipla aglomeração beirando a suave solidão
é estilhaço de xícara colado ao chão
é copular num capim santo depurado e violentado
sob as tristes tríades dos calamitosos cantares do ríspido rei salomão
é antrax na posta-restante enviada ao futebolístico manifestante
sob o controle mental de algum xenofóbico xilofone (falante)
é a cláusula contratante
é a última lata de cerveja congelada
merda, baque, queda e bate, fere, quebra, pula e late
abre e ladra e pula em iate, cospe cobre e entorna mate
repele e entope o ralo, o quarto, a sala e a coitada da privada
é a publicidade do youtube refratada no chorume da irmandade
na cidade dos confrades
andrades
padres
madres
olá, meu nome é: acre
é um belo boto desalmado num aquário alfandegário
é ela e ele sem ela e eu e ela na capela
é um pulmão cancerígeno
é um filho pequeno
é um lindo avião planando feito um?
lindo gavião
o alcance inflamável de teu corpo inalcançável
em compressas de fluidos do teu cheiro diluído
azeitona enlatada da promessa frustrada no fio da meada
da conversa
fiada
de antigos
travesseiros