Sem as estrelas

Por um instante abandono as estrelas

deixo de olhar para o Céu...

E, aqui embaixo é muito escuro

sem esse brilho longínquo

em que me acenam diferentes esferas.

Sem essas guias da noite

parece impossível decidir

qualquer roteiro a seguir.

Cega eu sou das verdades eternas

sem essas distantes amigas...

tonta, penso que tudo está em minhas mãos...

por uns segundo eu penso isso,

enquanto cerro as cortinas..e vou dormir

E, no dia de amanhã, eu sei:

tudo será exatamente igual...

Se eu deixar essas cortinas fechadas,

será assim, como hoje, uma noite eterna

sem estrelas...

No entanto, é tão simples:

basta erguer um olhar de criança-poeta...

de filha, buscando o colo maternal...

e as encontrarei lá, onde sempre estão.

Falando-me de outros mundos.

Em que os olhos enfim se abrirão...

distantes de todo mal...

Mareluz
Enviado por Mareluz em 30/08/2014
Reeditado em 08/09/2016
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