abolição adjetiva (a desonestidade do micróbio)

encontro-me agora submerso em mar revolto

ouço tiros de canhão e caem balas de canhão

e ouço tiros de trovão e sinto seu clarão

são poucos os pássaros que engolem ratos num alçapão infestado de ácaros

cesso feito fogo num contorno de estorvo de corvo e de novo te como

e de novo tu é corno

atiro pedra num pé de seriguela e iço velas com aquarelas

não é mesmo, isabella?

encontro-me agora trajado em farrapos

ouço escárnios de vigários e caem migalhas de bertalha

com restos de salada, abóbora refogada, carne estragada com sopa de macarronada

cuecas samba-canção, camisas de algodão e camarão com agrião

confesso que a linha acima é pura invenção. meu destino? é ESFOLIAÇÃO com ESFREGÃO

alienação, conformação, submissão: isso é problema deles

e as mercedes? ora, isso também é problema deles.

você poderia morrer sem saber

que

sacarose gera processo de osmose em meninos portadores de

trombose, bêbados sem glicose e hermafroditas com intolerância a lactose

fungos vendem fumo na estratosfera de netuno

e tocam blues nas noites de saturno

micróbios sentem dor e possuem uma certa hipersensibilidade

contra a mortandade de astronaves

beirando a

desonestidade

cristiano rufino
Enviado por cristiano rufino em 31/08/2014
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