Hoje, o tempo não importa
Hoje, o tempo não importa!
O sorriso emudeceu e
Solitária, a gaivota repousa no ninho
Enquanto o ânimo hiberna
No inverno solitário e sussurrante
O amor distante se desfaz
Num olhar com desprezo
E, indiferente saboreia
As úmidas e gélidas secas horas
Aquiescendo-se na distância órfã dos braços
Posto que a chama
Que hoje queima
Um dia se finda!
Hoje, o tempo não importa!
Apenas se de nada restou
Somente a insistência tola
Da última Lágrima verdejante
Que
Banha-se no rio denso
Do mar sem fim,
Nóbre angústia do meu ser,
Desalento do meu viver.
Hoje, o tempo não importa!