Se eu fizer um café, você fica pro jantar?
Olha..
Eu sei que tem sido difícil
Os conflitos são cheios de vida
E vivemos duelando entre o
“Cicatrizando e cultivando” feridas
Mas sei que também podemos mudar de tom
E num dia nublado apenas ligar o som
Ventar os pensamentos, distrair horas do tempo,
Que, com posterior lamento, iremos gastar
Escolhendo discos, discutindo conceitos
Riscando a nossa própria linha da vida
Nem que seja por um “feliz” de momento
Você vai me mostrar uma banda nova,
Mesmo velha, esperando que eu goste
E eu, claro, vou tentar te convencer: Pink Floyd!
Cinema, poema, cervejas abertas no balde
Quebrando o gelo do frio de dentro
Vou perguntar sobre o que está lendo
Sem muito com o livro me importar
Apenas pra ouvir sua voz dizendo
Ecoando e gravando na minha cabeça
Um só timbre em mil notas diferentes
Que depois em mil contextos eu vou lembrar
Embora eu saiba das minhas incapacidades
Veja, nós existimos! E eu sinceramente
Não vejo nisso nenhuma maldade
Um encontro marcado pelo caos
De maneira quase natural
Bem no centro dessa cidade
(I N F E R B A N A L)
Um completamente imperfeito
E outro perfeitamente estragado
Ambos com os joelhos ralados
De tanto escorregar no tentar
Esse desajeito nos tem condenado
Somos dos tipos frágeis e reativos
Queimando no fogo vivo das passividades
Vaidades, desumanidades, vícios coletivos
E se o jantar for bom, você fica pra sempre?
(ou até você conseguir deixar meus pés mais quentes?)
&lis*
08/08/14