espiral do tempo

seguro na cauda do vento

percorro o tempo a passar

caminhos cruzados

vidas amadas

e as esperas todas

das noites cinzentas do não.

eu vou a correr

pelos campos mais vastos

vastura de migalhas perdidas

lampejos de quebra sem som

sombreiro de causos mais loucos

loucuras de tantas canções

recordos dos mais belos risos

sorrisos de menino então.

suspenso nas asas da vento

percorro outra tempo a passar

cruzados caminhos

amadas as vidas

e todas as esperas

dos dias luzentes reflexos divinos

do mais belo sim.

Marco Carneiro
Enviado por Marco Carneiro em 21/05/2007
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