Interrupção

Noite de sono

A cama o cobertor

O travesseiro.

Assisto a guerra com ar de trovador

Pairando no ar com pose de Buda

O fogo brilha nocivo

Os sons entorpecem alguns pássaros

Que se atreveram a dar uma olhada.

Meu vão ‚ notado pelos canhões

Que se transformam em cães

Que vão me perseguir.

Os latidos e o zênite cheio de sol

Trazem minha face em face de angústia

Aquele telhado me trará abrigo

E descanso para minhas asas imaginárias

Porém engano encontro

No pulo do pastor que me condena

A uma penitência contínua

De planar cansado pelas ruas

De não enfrentar o perigo latente

De tocar no ambiente apenas com luz.

A voz profética se apaga

E uma escuridão real assimila

Meu coração descompassado

Pelas noites interrompidas.