Feixe de lenha
Fui num cerrado distante
Buscar um feixe de lenha
Pra fazer um almoço possante
Lá não precisarei de senha.
Mamãe gosta de fazer comida
Em seu antigo fogão de barro
Com água da chaleira fervida
É tão verdade o que narro.
Daquelas panelas de ferro
Eu sinto o cheiro exalar
A fome chega e dá um berro
Ta na hora de almoçar.
Comer um macarrão suculento
Junto com frango caipira
Feijão temperado com coentro
Sirva a seu modo se vira.
Na mesa suco gelado
De laranja e acerola
Que no quintal foi plantado
Pra servir bem nessa hora.
É tão gostoso esse momento
Um valor que não tem preço
Pra família alto talento
A cada dia um recomeço.
Mas quando o povo esparrama
A saudade chama de volta
Se demorar mamãe reclama
Vão atrás e vem de escolta.
Francisco Assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com