VIDRO
VIDRO
Deste lado eu
Olhando o outro lado do vidro
Que me deixa vidrado
De ver tanto
E fazer pouco
E ficar quase louco
Escondido num canto
Amedrontado
Pelo que vê
Vidro
Que se estilhaça
E por desgraça
A pedra passa
E corre o sangue
Do corpo exangue
Que o vidro
Rubro
Não deixará ver
Em agonia