Vidas

Vida – aurora dos sonhos,

Vida – angustioso querer,

Vida – que passamos toda

Em busca de um real porquê.

São tantas interrogações

De respostas infinitas...

Vida que voa ao vento

Tornando-se mais aflita.

Vidas – que são esquecidas,

Vidas – que não são amadas,

Vidas – que não são vividas,

Que morrem pelas madrugadas.

Vidas – são abandonadas

Vividas pela metade

Vidas que fecham suas portas

P’ra não entrar felicidade.

Vidas – são tantas vidas

Que nem chegam a viver

Conhecedoras da morte

Sob o frio escurecer.

Vidas de muitos desejos

De poucos realizados

Vidas que vêem no futuro

Uma sombra do passado

Vidas – fontes de lágrimas

Vidas – “rios de sorriso”

Vidas – que são um inferno

Vidas que são “paraíso”.

Vidas – tantas vidas

Que esquecem de viver

E descobrem que eram vidas

Quando se vêem a morrer.

Vidas – solitárias, vazias

Vidas – dedicadas a outras vidas

Vidas – que se fizeram repletas

Umas às outras envolvidas.

JRStanley
Enviado por JRStanley em 22/05/2007
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