Espinho do mato

Quando ela viaja á trabalho

Fico roendo as unhas dos dedos

Sou uma árvore seca sem galho

Desafinado, fora de enredo.

Fico bruto e desacato

Todas as leis que o peito sente

Perigoso, qual um espinho do mato

Insensato e comovente.

Não respondo pelas atitudes

Que sou capaz de fazer

Sou parte sou plenitude

Pela falta que faz você.

Esquento a cabeça e fico louco

Tal qual barraco de lona

Depois, vou me regularizando aos poucos

Assim que você me telefona.

Minha língua fica pingando saliva

Envenenada de ciúme

Tem consistência fina e ativa

Embora não se acostume.

Desfaço tudo que criei

Só pelo medo de te perder

Uma insegurança que plantei

Não queira jamais conhecer.

Você não tem a mínima noção

Quando amo muito me apego

Sei que a distância traz solidão

Desabilita e deixa cego.

Francisco Assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 28/09/2014
Código do texto: T4979898
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