Urna do nada

Machucado interior revela

A doença incurável que domina

Como a chama inesquecível duma vela

Como olhar suave lindo de menina

Mas verdade é que mal sempre fará

Ao levar a dor da perdição noturna

Dominado pelas trevas perderá

A visão, a delicada urna

Que resguarda um segredo milenar

Protegido por centenas de guerreiros

Na batalha aprenderam tatuar

Crueldade com a brasa dos cinzeiros

Esquisito o domínio interior

Revelado por um simples machucado

Decaindo entre beijos e temor

Dominado por guerreiros do passado

Tudo isso pela inviável guerra

Que matou milhares por um só segredo

Acabando com o respirar da Terra

Como praga alastrando medo.