Unica estrela
A saudade me levou á praça
E me pôs sentado num banco
Estava eu triste e sem graça
Nem saberia expressar o quanto.
Sem motivo para sorrir
E sem ação do que fazer
Foi no mesmo banco que a conheci
Finalizou nosso querer.
Dói demais viver sem ela
Parece que o mundo desaba
Nada segura e não parcela
Qual um chapéu velho sem aba.
Passa o tempo não me acostumo
Hoje, sou um homem incompleto
A ausência dela, no meu resumo
Que sou o pior dos objetos.
Uma mulher na vida da gente
É como se fosse uma única estrela no espaço
Sobe ou cai de repente
Transforma uma cana em bagaço.
Para que um amor não dissolvesse
Deveria ter a base de aço
Indiferente que envelhecesse
E morasse no seio de um laço.
Que tivesse o brilho do cristal
E a resistência do diamante
Imenso tal qual o oceano de sal
Como o horizonte dos amantes.
Francisco Assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com