SOLIDÃO
Alguém sabe me dizer quem sou?
Rastro de solidão
Cercada sempre por gente
Mas encarcerada na sofreguidão.
Assim vou caminhando
Passos lentos na estrada
Dou adeus a quem me segue
Às vezes saio em disparada.
Quem sou eu, afinal?
Tenho riquezas dentro de mim?
Não sei se vou, não sei se fico
Quero ver a luz brilhando no meu jardim.
Será que um dia terei perdão?
O que fiz da vida, querido irmão?
Tempo passa, não espera por ninguém
Eu, num canto, à espera da razão.
Glaucia Ribeiro (1º de outubro de 2014)