Rosa Vermelha

Do líquido vermelho e vital

Entre minhas mãos escorrendo

Percebi o derradeiro sinal

Quando me senti morrendo

Facho de luzes cegante

Entreabrem as fendas de dor

Espinhos, rosa figurante

Serpentes disformes de amor

Assim descobri a verdade

Da forma mais rude e banal

Os caprichos e a ansiedade

Anunciavam o ato final

Flor rosa ingênua, tola infeliz

O espinho se pôs contra ti

Não julgues o destino que quis

Fazer-te tão cedo partir

Há tantas na mesma sina

Iludidas na arte de amar

Implorando essa toxina

Felizes se deixam levar

A ruína almejada enfim

Um corpo gelado espelha

A flor que partiu de mim

Se desfez em rosa vermelha.

fabiana macedo
Enviado por fabiana macedo em 01/10/2014
Reeditado em 19/11/2015
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