Velhos tempos
Ah! Como é bom lembrar
Daquela rigorosidade dos pais
Dando educação aos filhos
Bastava apenas um olhar
Isso hoje não existe mais
Eles se sentem os super cílios.
O tratamento para alguém era Senhor
Havia mais disciplina
Tinha duração um amor
E no namoro duma menina
Via-se essência e pudor.
A gente dormia cedo
Ao apagar do candeeiro
Mas, antes rezava o Pai Nosso
Ninguém vivia com medo
A alvorada era ouvindo o padeiro
E ficar deitado nem posso.
Nossa água potável era de pote
Levada pra roça na moringa
Criança ia andando ou no cangote
Somente homem bebia pinga
Fumo vinha em rolo ou em pacote
Canoas obedecia a zinga.
Dez filhos passavam pela parteira
Vinham de forma bem natural
A casa era de sape sem goteira
A moeda não era real
A mistura, carne com macaxeira
Colhida no próprio quintal.
Francisco Assis silva é poeta e militar
Email: assislike@hotmail.com