Ela e eu,
Femininas, doces,  envolventes,
Amor avassalador...  Tão diferente.
Eu e ela... Mesmo gênero, amor entre  iguais.
Tão certo, como  dois mais dois são quatro:
Há quem não alcance a beleza,  profundidade, encantamento,
Pureza e singeleza angelical, desse amor: de igual para igual,
E, denomine esse sentir: “Les Fleurs du Mal”.
Assim como Le fígaro atacou a obra de Baudelaire (1957)
Recolhida   sob acusação de insulto aos bons costumes –
Alvitrada e suprimida, condenada e multada...
 Incompreendidas somos nós!
Amor profundo e jamais profano
... No nosso amor não há cópula,
Como se explica o fato  de ela – a arte, a poesia – ter-me adentrado?
Segundo Baudelaire: (...) “cópula é o lirismo das massas”.
Diz ainda Charles Baudelaire, contrariamente ao que penso:
(...) Todos os homens e mulheres sabem que, desde o nascimento, todo o prazer reside no mal.
Digo eu, à respeito de nós: eu e ela  – a arte – faz  bem e só o bem,
o nosso amor “entre iguais”.




Nota:
Sobre o contexto poético: Percebe-se  tratar-se do amor que a poetisa "MULHER" nutre, pela ARTE, ambas iguais em gênero: a MULHER é do "gênero feminino" e a ARTE, idem.  Por isso, não há cópula, penetração carnal. Percebe-se, que o  EU POÉTICO da autora faz referência ao grande "Baudelaire", no que concerne à cópula ( penetração carnal).
Segundo Baudelaire: (...) cópula é o lirismo das massas.,.
A poetisa questiona: (...) como se explica o fato de ela - A ARTE, A POESIA - ter-me adentrado? Ou, seja:” como se explica a minha essência poética”?


 
EstherRogessi
Enviado por EstherRogessi em 10/10/2014
Reeditado em 25/03/2015
Código do texto: T4993718
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