Basta ao cedro
o cerne vermelho –mesmo que seco -,
bastam aos galhos
flores amarelo-pálidas;
 
basta o luar aberto pelas serras
em noites fechadas de alma,
para que flores noturnas - ou quaisquer imagens -
existam a olhos  vívidos e famintos
fazendo com que se prolonguem
os contingentes desdobramentos
de nossas humanas condições;
 
 
bastam, enfim,  lucidezes despercebidas,
para nos vomitarmo-nos ou nos deleitarmos
aos caminhos, sem que se nos consumam
as cabíveis insanidades.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 15/10/2014
Código do texto: T4999903
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