DIFICIL DE ATURAR

Não existe uma palavra que defina uma saudade,

principalmente quando se caminha,

para o fim da idade.

Não devias ter ido agora,

devias ter esperado mais um pouco.

É muito difícil continuar sozinho

Murmurando com as paredes, brigando com o vento

Está tudo mudando,

falo ao nada, pareço louco

Derramo lagrimas, procuro caminhos,

é inexplicável, é intolerável é doloroso

Quando o amor é lembrado desta forma

Não se fica inteiro,cata-se os pedaços

Que ficou pelo caminho

E me pergunto diariamente

o que é que eu faço pra te esquecer

apago minha consciência, ignoro a minha decência

abraço minha decadência ou me acovardo

diante disto tudo.

E se nada disto resolver! O que faço afinal!

Coloco uma mordaça, tapo os ouvidos ou fico mudo

É melhor não dizer nada, não falar nada

O melhor mesmo é ignorar o mundo

Plantar mais flores , e quando aparecer a dor

Falar de nós, fechar a ferida e falar de amor

Mesmo com este vazio no peito,

mesmo com esta dor ardente

mesmo com esta coisa sem jeito,

mesmos sem você presente

Vou buscar no firmamento uma estrela,

que brilhe como você brilhou.

Que lembre a mãe, mulher e amiga

E que tenha o brilho que você deixou.

Figueroa. 10-04-2007

FIGUEROA
Enviado por FIGUEROA em 25/05/2007
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