Mentiras

Ainda estava vivo

Capaz de abrir a janela da boca

E vomitar suas mentiras,

A qual foi ingerindo

Durante a alimentação.

Enganado por engano,

Foi chegando o momento

Que não se admitia o limite.

Fui abrindo as casas da minha camisa

Deixando livres todos os botões

Já que tudo isso

Não me fizera uma boa digestão.

Senti todos os chutes

Nas paredes do intestino

Do grosso e do fino.

Não quis danificar o solo

Forrei com pano o meu colo

E como larva de vulcão

Fui cuspindo,

Atravessei uma estação.

Perdi meus sapatos

Agora me sinto com os pés no chão.

Entre soluços de alívio

Pude observar cada uma delas,

Tinha rugas do tempo

Outras eram mais recentes.

Porém, antes desse derrame

Um engano convívio.

Tentei contá-las, mais eram tantas

Faltou saliva na garganta

Naquele abismo infeliz.

Essas mentiras causaram seqüelas

Deixara cicatriz,

O restante, tão fulminante e singela

Encontra-se com ela

Causando tristeza e íngua

Ainda residindo ali, sob a língua.

Francisco Assis silva é poeta e militar

Email: Assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 19/10/2014
Código do texto: T5004563
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.