Visita
Por volta das seis e meia
Sentara sobre minha janela
Um pássaro amarelo.
Não usava luvas nem meia
Parecia assustado
Olhava para o lado.
Fiquei a sorrir,
Não estava fingindo,
Olhei em seus pés
Havia lama.
Lembrei do dia anterior
Quando o céu estava rubro
E mudava de cor,
Pus-me a pensar
Será que esta ave
Alcançara a primeira chuva
Que caiu em outubro?
Talvez buscasse alimento
Para seus pequenos filhotes
Que deixara sobre o ninho
Feito de capim.
Esse nobre visitante pousara ali,
Sem a amada de companhia
Quem mais buscaria
Se não fosse ele?
Adorei sua visita
Meu caro passarinho,
Quando quiser voltar
A janela estará aberta
Por favor, não espere nublar.
Francisco Assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com