Ritual

Sou índio dos Parecis,

Habitante da terra amada

Aqui a gente caça e vive feliz

Ao lado da namorada.

Somos semelhantes na aparência

Nosso prazer é viver no mato

Devemos a Amúri, obediência

Homem trigueiro, mulato.

Representamos o mato grosso,

E na aldeia fazemos festa

Somos índios livres seu moço

Minha riqueza ta na floresta.

Um dia a gente vai ao rio

Pescar sobre a canoa

Mesmo que o tempo esteja sombrio

Caindo uma sensata garoa.

Noutra hora, entramos na mata

Com arco e flecha na mão

Não tem horário nem data

Nosso olfato rasteja o chão.

Quando se busca o alimento

A gente não volta de mãos vazias

Na mata tiramos o sustento

Uma vocação de todo dia.

Quando nasce um Pareci,

A alegria invade a oca

Festa e dança acontece aqui

Naquele ritual que a flauta toca.

Nossa língua é o Aruak,

A ligação vem do lado materno

Nosso artesanato é o destaque

Uma reserva de amor fraterno.

Francisco Assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 28/10/2014
Código do texto: T5015098
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