Ponta de Faca

Rasgo meu braço!

Ponta de gume

Ferro quente

Dor em brasa!

Dilacero minhas entranhas

Rasgo minha carne

Gosto de sangue

Me corto em pedaços

Meus olhos banhados em lágrimas

Lágrimas púrpuras

Emoções escuras

Sentidos talhados em máculas

Pingo de chuva

Lava a minha face

A sarjeta inunda

E leva meu disfarce

Sou a ponta

E não a carne

O corte profundo

E não o milagre.

(Marcelo Catunda 30/10/2014)

Marcelo I Catunda
Enviado por Marcelo I Catunda em 30/10/2014
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