CONSELHO

Preso na liberdade de me encontrar

Eu me perdi tentando ser um parecer

Nas batidas da pulsação indo no ritmo

Dos meus sonhos de plano tão límpido.

Mas quando faço o rumo onde piso

O encantamento se desfaz sem aviso

Pois acima dos pés há um firmamento

Mais alto do que toda luz do sentimento.

Ouçam, meus filhos! Os pés não sabem

Mas as cinzas foram cores imprudentes

Que o poder da centelha das escolhas

Revelaram a fugacidade das folhas.

Ouçam, meus filhos! Os rumos brilham

Escondendo suas trevas tão reluzentes

Que ofuscam as chamas que afogam

E sufocam grãos que não afloram.