A caneta

"Objetos

Viven a nuestro lado,

Los ignoramos, nos ignoram.

Alguna vez conversan con nosotros"

Octávio Paz

A caneta preta de pena dourada,

que o amigo deu de presente

Descansa esquecida sobre a escrivaninha;

Saudosa,

às vezes parece pedir-me

para caminhar com ela.

Brancas estradas entre montanhas;

Semeando pássaros, fontes, rios, lirios;

Inventando lendas, fadas, faunos.

Desenhando horizontes;

Sob o clarão cor de pérola da lua.

Ao meu amigo Remo Lo Léggio