A Metafísica do escuro

A navalha do tempo em pêndulo corre.

Na carne, abre-me atalhos perdidos.

Uma escuridão de cada talho escorre

E molha meus lábios secos e fendidos.

Alhures, seu manto desaba penoso

Recita qual macabro Sonâmbulo

Augúrios inequívocos e doídos

A declarar novo preâmbulo:

Qual trágico fim de sonhos queridos...