SALTIMBANCO DA VIDA.

Sou um saltimbanco da vida!

Guardador de muitas ilusões,

Com esperança desmedida,

Continuo assim nesta corrida,

Fazendo dos invernos verões.

Sou ave canora ao amanhecer!

Cantando se a tristeza vem,

Sou o pó, que um dia vai ser,

Alimento para fazer crescer,

Lindas rosas no jardim do além.

Sou um recanto de saudade!

Cordas de guitarra gemendo,

Correndo atrás da verdade,

Pelas tristes vielas da cidade,

Onde há corações sofrendo.

Sou uma vela quase apagada!

No castiçal desta desgraça,

Uma pedra solta da calçada,

Que por alguém foi atirada,

Durante a revolução na praça.

Sou a incógnita ao amanhecer!

Um milagre que há nesta vida,

Para ao bom Deus agradecer,

Mais uma etapa para vencer,

Desta longa e milagrosa corrida.

LuVito.