Borboletas
Nós, tão frágeis como a vida das borboletas
Perdidos em um vento de loucuras ancestrais
Determinados a buscar a melhor forma de caminhar até o fim
Enquanto grossas nuvens rondam nossas cabeças
O som singelo e triste de um horizonte desolado
Sussurros no entardecer, enquanto o velho lobo corre atrás de seu amado sol
Em um céu de um tom vermelho que me acalma...a fumaça sobe
Quem me dera ser aquele pequeno animal
E voar por entre as flores do outono
Admirar o gosto singelo e puro do vento
Quem me dera voar por entre velhos e carcumidos bosques
Dessa colossal e magnânima vida pintada a tons de verde e cinza
Quem me dera ouvir as palavras que a terra me conta
E me perder em pensamentos vazios e sem motivo
E em poucos dias abraçar a doce escuridão de meu coração pequeno
Enquanto esse cansaço toma meu corpo
Ao som das teclas de um velho piano fúnebre, me embalar nos braços da morte
E aceitar esse destino plausível que me foi anunciado desde meu surgimento no vazio