Borboletas

Nós, tão frágeis como a vida das borboletas

Perdidos em um vento de loucuras ancestrais

Determinados a buscar a melhor forma de caminhar até o fim

Enquanto grossas nuvens rondam nossas cabeças

O som singelo e triste de um horizonte desolado

Sussurros no entardecer, enquanto o velho lobo corre atrás de seu amado sol

Em um céu de um tom vermelho que me acalma...a fumaça sobe

Quem me dera ser aquele pequeno animal

E voar por entre as flores do outono

Admirar o gosto singelo e puro do vento

Quem me dera voar por entre velhos e carcumidos bosques

Dessa colossal e magnânima vida pintada a tons de verde e cinza

Quem me dera ouvir as palavras que a terra me conta

E me perder em pensamentos vazios e sem motivo

E em poucos dias abraçar a doce escuridão de meu coração pequeno

Enquanto esse cansaço toma meu corpo

Ao som das teclas de um velho piano fúnebre, me embalar nos braços da morte

E aceitar esse destino plausível que me foi anunciado desde meu surgimento no vazio

Sat
Enviado por Sat em 11/11/2014
Código do texto: T5031680
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