Fim da inocência
Frágeis como vidro, nossa existência se parte
Como um fino cristal medieval, deixamos nossos medos serem a escada que nos derrubam
Imóveis perante a dor do ato,
Perdidos como seres que não podem morrer
Imersos nessa bolha de sentimentos confusos que nunca nos foram ditos
Eu o vejo,
Diante desse espelho sujo que reflete minha alma,
Enquanto enveneno meu corpo e mente com uma tristeza que não lembro de onde surgiu
Vos imploro,
Espere e tente sentir essas dores que um dia também serão suas
O herói que buscamos ser,
Longe de perfeito, mais que patético
Corrompido por dimensões perdidas de horrores estremos
Consciência deturpada por noites em claro em busca de respostas
...e o sol novamente surgirá no horizonte cansado, enquanto recito esses trechos de uma mentira qualquer
"não Joseph, sou apenas humano!"
Como o vilão antes esquecido,
No porão de uma criança que não pretende se lembrar
O peso de vidas inteiras,
Sobre ombros doloridos e pálpebras que não choram mais
As lágrimas do homem quebradiço secaram...