Fim da inocência

Frágeis como vidro, nossa existência se parte

Como um fino cristal medieval, deixamos nossos medos serem a escada que nos derrubam

Imóveis perante a dor do ato,

Perdidos como seres que não podem morrer

Imersos nessa bolha de sentimentos confusos que nunca nos foram ditos

Eu o vejo,

Diante desse espelho sujo que reflete minha alma,

Enquanto enveneno meu corpo e mente com uma tristeza que não lembro de onde surgiu

Vos imploro,

Espere e tente sentir essas dores que um dia também serão suas

O herói que buscamos ser,

Longe de perfeito, mais que patético

Corrompido por dimensões perdidas de horrores estremos

Consciência deturpada por noites em claro em busca de respostas

...e o sol novamente surgirá no horizonte cansado, enquanto recito esses trechos de uma mentira qualquer

"não Joseph, sou apenas humano!"

Como o vilão antes esquecido,

No porão de uma criança que não pretende se lembrar

O peso de vidas inteiras,

Sobre ombros doloridos e pálpebras que não choram mais

As lágrimas do homem quebradiço secaram...

Sat
Enviado por Sat em 18/11/2014
Reeditado em 18/11/2014
Código do texto: T5039316
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