Cordilheiras

Nas cordilheiras do meu pensar

Quantas montanhas eu escalei

Sabia que poderia estar em algum lugar

Mas de tanta ansiedade, não te encontrei.

Segui as noites de lua

Fiz quantas buscas, enfim

Pisei capim, serras seminuas

Queria muito você pra mim.

Permiti até que o frio me abraçasse

Senti sua falta enquanto isso

Não havia barreiras que me barrasse

Parecia a força do seu feitiço.

Fui abrindo minha imaginação

E vendo a energia banhar os dedos

Queria te esconder dentro do meu coração

Mas por ciúme, só pensei em segredo.

Você, aquele lindo sonho descrito

Minha chuva inesperada

Lábios a sorrir tão bonito

Após me amar de madrugada.

Quando o dia queria raiar

Muitas cordilheiras já haviam ficado

Passei matas, cascatas sem par

Porém, meu sonho manteve acordado.

Sei desse amor determinante

Que transforma em saudade atrevida

Das minhas cordilheiras restantes

Sem rua, sem avenida.

Francisco Assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 23/11/2014
Código do texto: T5046332
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