Cordilheiras
Nas cordilheiras do meu pensar
Quantas montanhas eu escalei
Sabia que poderia estar em algum lugar
Mas de tanta ansiedade, não te encontrei.
Segui as noites de lua
Fiz quantas buscas, enfim
Pisei capim, serras seminuas
Queria muito você pra mim.
Permiti até que o frio me abraçasse
Senti sua falta enquanto isso
Não havia barreiras que me barrasse
Parecia a força do seu feitiço.
Fui abrindo minha imaginação
E vendo a energia banhar os dedos
Queria te esconder dentro do meu coração
Mas por ciúme, só pensei em segredo.
Você, aquele lindo sonho descrito
Minha chuva inesperada
Lábios a sorrir tão bonito
Após me amar de madrugada.
Quando o dia queria raiar
Muitas cordilheiras já haviam ficado
Passei matas, cascatas sem par
Porém, meu sonho manteve acordado.
Sei desse amor determinante
Que transforma em saudade atrevida
Das minhas cordilheiras restantes
Sem rua, sem avenida.
Francisco Assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com