ABORÍGENES

Nessa caçada quem foge são os olhos que flecham o sol na incandescência de nuvens, pois correndo o passo é mais leve, respingo de lama, pés, calos, abismo para voar.

Pássaros gritam:

_ A chuva vem chegando, recolham-se ao ninho é tempo de festejar, pois a lágrima do céu é doce e cai feito rima no corpo da poesia.

Quando devora, a presa corre, a chuva acaba, como uma azia e essas lembranças recomeçam feito um porto que sempre espera por uma nova embarcação trazendo o sal de tantos mares em seu casco.

Foge, aqui não me domas, sou voo.

A caça, a presa, a fome, o fim.

Y.M.

Yana Moura
Enviado por Yana Moura em 24/11/2014
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