FLUTUALIDADE

Mas se não foi dado

asas ao homem,

foi-lhe entregue a leveza d’alma

pra alçar voos fugitivos

da realidade do chão.

Voa por dentro de si

investindo no próprio universo

onde estrelas mapeiam

os territórios do amor e suas

complexas atmosferas.

Após mil voltas na lua,

pra lampiar trevas

do medo,

plana confiscando tesouros

e bugigangas pra

pendurar em instantes

puros ou tolos

prescritos por

seus malandros desejos,

incrustando-os

na diáfana liberdade

de se fazer majestade

com a extensa envergadura

dos sonhos,

incansáveis asas

essas

que o tempo só apara

quando o céu,

de dentro do homem,

apaga.

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 24/11/2014
Código do texto: T5047262
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